Categoria: ABC da Casa

Não sei se você já parou para pensar sobre o seu desodorante ou antitranspirante. Na verdade, penso que a linha de raciocínio deva iniciar um pouco antes, mais precisamente na razão pelo qual usamos estes tipos de produtos higiênicos.

Nosso organismo produz sudorese, ou seja, um fenômeno fisiológico necessário para controlar a temperatura do corpo, assim como excretar certas substâncias. Com a variação na temperatura, interna ou externa, isso pode acontecer em maior ou menor quantidade...

Sim, nós suamos, e em geral o cheiro não é bom. Porque apesar de não possuir odor nenhum, o suor é exposto à ação de bactérias e fungos também presentes em nosso organismo, especialmente em regiões úmidas e com pouca luminosidade (axilas!).

Ninguém quer cheirar mal, certo? Prefiro crer que sim (risos). Logo, pessoas muito inteligentes e bem intencionadas (também prefiro crer que sim!) criaram o desodorante, assim como o antitranspirante. Se quiser saber mais sobre a diferença entre eles, clique aqui.

Particularmente, acho assustador o poder dos antitranspirantes! Como se não fosse nada, eles simplesmente pretendem alterar a forma como o corpo humano funciona, e PRECISA funcionar.

De que forma isso é possível? Por meio de uma combinação de componentes químicos como TRICLOSAN, PROPRILENO GLICOL, PARABENOS, AMIANTO, ALUMÍNIO e “FRAGÂNCIAS”. Todos com fortes indícios de responsabilidade no aumento de doenças como câncer, Parkinson, Alzheimer, entre outras (dá uma pesquisada, vale a pena). DETALHE: Eles estão presentes em diversos produtos de higiene!

Sem parar para refletir sobre o assunto, a gente paga pra usar essa química toda. E vamos além... Queremos o MAIS EFICIENTE do mercado, ou seja, aquele que nos deixa sequinhos e cheirosinhos por mais tempo! Mesmo que isso signifique que você não vai suar por dias (sim, no inverno, por exemplo, é possível passar dias sem suar!). Chocante não?!

Isso não pode ser NORMAL. Somos seres humanos e se quisermos ser saudáveis precisamos conviver da melhor forma possível com nosso corpo e seus “fenômenos”. Sei que você pode não concordar com isso, e te respeito, MAS eu decidi parar de aceitar qualquer coisa pronta e que me venha quase que de forma imposta.

Assim sendo, há alguns meses passamos a experimentar novas alternativas. Vou compartilhar aqui duas receitas de desodorantes caseiros, os preferidos da casa e, que estão funcionando super bem!

DESODORANTE 1

É líquido e conhecido pelos mais antigos. Sua base é o Leite de Magnésia. O preferido do maridão.

INGREDIENTES:

LEITE DE MAGNÉSIA

ÓLEO ESSENCIAL (opcional)

ÁGUA

MODO DE FAZER:

- Você vai precisar de um recipiente com uma válvula do tipo SPRAY.

- Preencha 70% do recipiente com o leite de magnésia.

- Acrescente 5 a 10 gotas de óleo essencial (por aqui usamos 3 gotas de Tea Tree e  6 gotas de Hortelã Pimenta), feche e mexa bem.

- Complete com água, mexa mais um pouco e... Pronto!

Essa receita não é minha, aprendi com a linda da Bela Gil, confira aqui. Sei que algumas pessoas usam o Leite de Magnésia puro. Você pode testar e escolher o que fica melhor para você.

CONFIRA O VÍDEO AQUI!

DESODORANTE 2

É um creminho. Aprendi esta receita com uma das “musas” do Zero Waste, Lauren Singer, criadora do blog Trash is for Tossers, você pode conferir o vídeo dela aqui. Este é o meu desodorante favorito!

INGREDIENTES:

2 Colheres de Sopa de ARARUTA

1 Colher de Sopa de BICARBONATO DE SÓDIO

1 Colher de Sopa de ÓLEO DE COCO

2 Colher de Sopa de MANTEIGA DE KARITÉ

5 a 10 gotas de ÓLEO ESSENCIAL (opcional)

MODO DE FAZER:

- Você vai precisar de um potinho de vidro pequeno, com tampa, para colocar o desodorante. Antes de começar a preparar a receita gosto de esteriliza-lo com  álcool e deixar secando.

- Coloque os 4 primeiros ingredientes em uma tigela de vidro resistente ao calor e aqueça em “banho maria”, mexendo sempre até que todos os ingredientes se dissolvam formando uma loção.

- Apague o fogo e acrescente o “cheirinho”, ou seja, o óleo essencial de sua preferência. Eu gosto de colocar 3 gotas de Tea Tree + 7 gotas de Litsea Cubeba (amo!). Mexa mais um pouquinho e coloque no potinho.

- Para adiantar o processo, coloque na geladeira por 1 hora e... PRONTO!

CONFIRA O VÍDEO AQUI!

SOBRE A COMPRA DOS INGREDIENTES:

Alguns ingredientes são mais complicados de encontrar em determinadas cidades e regiões.

*LEITE DE MAGNÉSIA – Bem fácil de encontrar nas farmácias e drograrias.

*ARARUTA – Não encontro em qualquer supermercado. Tive que pesquisar. Mas cada região é de um jeito. Infelizmente ainda não sei onde comprar à granel.

*BICARBONATO DE SÓDIO – Compro à granel.

*ÓLEO DE COCO – Está disponível em muitos lugares.

*MANTEIGA DE KARITÉ – Visitei algumas farmácias de manipulação da região e fiz muita pesquisa na internet. Vale a pena comprar pela internet.

*ÓLEOS ESSENCIAIS – Bem tranquilo de encontrar - temos aqui na nossa loja.

Vale lembrar que nenhuma dessas receitas é de antitranspirante, mas foram super aprovadas na nossa Casa Sem Lixo! Espero que você consiga fazer e aprovar pelo menos uma delas! Não apenas o planeta, mas o seu corpo agradece...

Neste vídeo falo sobre algumas opções de desodorante.  VEJA AQUI!

Como comentamos antes, a área de serviço é um dos lugares mais perigosos da casa, uma vez que os produtos de limpeza convencionais são altamente tóxicos.

Sendo assim, uma das áreas que já está quase “sem lixo” por aqui em casa é esta. Ainda temos alguns produtos que não terminaram, por tanto usaremos até o fim.

Depois do Multiuso, a segunda receita caseira que experimentamos foi o Sabão para roupas. Após pesquisar, encontrei um receita legal no blog Um Ano Sem Lixo, da musa Cristal Muniz, mas ele era em pó.

Apesar de muito eficiente (confira a receita aqui), fiquei sabendo que a nossa máquina de lavar roupas não funciona muito bem com este tipo de produto. Usamos o Sabão em Pó até terminar e continuei pesquisando por uma receita líquida.

Confesso que encontrei algumas, mas pensando na essência da questão – NÃO GERAR LIXO, a maioria delas não se encaixava neste requisito. Todas faziam uso de ingredientes nocivos a nós, e a natureza - pensando que vai tudo pelo ralo (ui!).

Em janeiro a Cristal Muniz publicou uma nova receita, desta vez líquida! Não contei tempo. Desde então estamos usando e super aprovamos. Se preferir, você pode conferir a receita direto no blog dela, é só clicar AQUI.

Apesar de enviar este link muitas vezes para diversas pessoas, diante dos pedidos, resolvi postá-la. Ela é muito simples e econômica.

Mesmo ficando bem líquida, diferente dos produtos que estamos habituados, é eficiente de verdade (!), pode ser usada até mesmo para limpeza geral ou como detergente. Vale a pena fazer.

INGREDIENTES

3 litros de água

1 barra de 200g sabão de coco

50ml de álcool

3 colheres de sopa de bicarbonato de sódio

5 a 10ml de óleo essencial da sua preferência

MODO DE FAZER

1. Coloque a água para ferver numa panela maior que 3 litros para não transbordar (o bicarbonato é “poderoso”!).
2. Enquanto isso, rale o sabão de coco.
3. Assim que a água ferver adicione o sabão ralado e mexa até dissolver bem.
4. Em seguida, desligue o fogo, acrescente o álcool e o bicarbonato de sódio. Misture mais um pouco (5 minutos) e deixe esfriar.
5. Assim que esfriar acrescente o cheirinho da sua preferência (caso contrário ele evapora). Essa parte é opcional, mas para mim importantíssima, uma vez que AMO cheiros (gosto de misturar de 2 ou 3 óleos essenciais diferentes: melaleuca + hortelã pimenta, por exemplo - uso em média 40 gotas).
6. Por fim coloque no(s) pote(s) (costumo usar várias garrafas de vidro, porque rende 3 litros!)

MODO DE USAR

Sobre a dosagem para a lavação, costumo usar 80ml para uma máquina cheia ou com roupas muito sujas - nossa máquina é de 8kg

SOBRE O LIXO

Para fazer este sabão líquido caseiro, infelizmente, produzimos o seguinte lixo:

• embalagem do sabão de coco - plástico que raramente é reciclado 🙁
• embalagem do álcool (reciclável)
• embalagem dos óleos essenciais (recicláveis)

O bicarbonato encontro à granel (ufa!)

Detalhe: Desde o ano passado paramos de usar amaciante. Confesso que este foi um passo significativo para mim, uma vez que amo roupa cheirosa (bem cheirosa!) e além de amaciar o maciante deixava um cheirinho característico nas roupas. Agora, para que fiquem macias usamos vinagre de álcool. Não fica com cheiro de vinagre, pelo contrário, prevalece o cheiro do sabão!

Mais dicas:

• Confira também o vídeo que gravamos com esta receita (fiz meia receita). Assista AQUI.
• Marcas de sabão de coco de verdade que eu conheço: UFE, Girando o Sol e Milão. Devem haver muitas outras, que são inclusive mais naturais, mas nunca encontrei por aqui. Mas vale a pena procurar, quem sabe comprar de um produtor local! 😉
• Este produto é "multiuso", aqui em casa usamos também para a faxina geral, limpar banheiro, bancadas (neste caso, dilua um pouco mais a receita e coloque num borrifador), etc.

Espero que você goste da rerceita.

Depois me conta sua experiência.

Gente, sério! Fiz questão de compartilhar esta receita no blog!

Primeiro, porque eu realmente aprovei e amei o sabor.

Segundo, por ser uma receita vegana, sem proteína animal, ou seja, amiguinha dos animais e do planeta!

Terceiro, porque não posso comer nada com leite e apesar de ter provado muitos “pães de queijo” “sem queijo”, nenhum satisfez meu paladar.

Pão de queijo é praticamente uma unanimidade nacional, sempre amei e desde que minhas alergias pioraram, sei muito bem como é duro querer e não poder.

É sério... Sério de verdade! Receita deliciosa...

INGREDIENTES
1/2 xícara de chá de água filtrada
1/3 xícara de chá de óleo (uso azeite)
2 xícaras de chá de polvilho doce
1/2 xícara de chá de polvilho azedo
sal à gosto (mais ou menos 1 colher de chá)
2 xícara de chá de batatas salsas (baroa) cozidas e amassadas

1 colher de sopa de fermento

MODO DE FAZER
- Coloque a água e o óleo para ferver.

- Enquanto isso, misture os polvilhos e o sal, de preferência numa vasilha de vidro ou inox – resistente ao calor (evite plástico).

- Assim que ferver, jogue a água e óleo em cima da mistura com polvilho e mexa rapidamente, até virar uma farofa. Continue misturando até alcançar uma temperatura que você consiga colocar as mãos.

- Em seguida coloque as batatas (já amassadas) e amasse até ficar uma massa lisa.

- Por último coloque o fermento e amasse.

- Faça bolinhas com as mãos do tamanho que achar melhor e disponha numa assadeira.

- Leve ao forno pré-aquecido a 180°.

SUPER DICAS:

• Para ficar com um sabor perfeito adicione 1 colher de sobremesa de manteiga vegana. Você encontra em lojas de produtos naturais.
• Atenção para não passar do ponto no forno, caso contrário os pãezinhos vão ficar um pouco mais durinhos.
• Se não encontrar a batata salsa, pode fazer somente com batata inglesa.
• Caso não queira assar todas as bolinhas, coloque em uma refratária no congelador e aguarde o tempo necessário para ficarem durinhas. Depois transfira para um potinho com tampa e, quando quiser assar é só colocar direto no forno.
• Quer otimizar seu tempo? Aqui em casa somos 4 e ter um lanchinho fácil "na manga" é sempre uma boa ideia. Então aproveito para dobrar a receita e já tenho pão de queijo por um tempo... Se as bolinhas forem pequenas (mais ou menos 25 mm) rende em média 40 pãezinhos!!!

Mas o importante é fazer a receita e experimentar o MELHOR PÃO “SEM” QUEIJO DO PLANETA!

O tempo por aqui anda bem curto... Gostaria de compartilhar com mais frequência. Mas, a gente faz o que pode, não é?!

Já faz um tempo que o Talco para pés que usávamos terminou e meu marido começou a me pressionar (esposas entenderão!): “Precisamos comprar outro...”

Mas como eu queria encontrar uma nova alternativa, respondi que estava procurando uma receita caseira. Em fim, demorei, mas encontrei!

Fiz. Testamos e aprovamos! Logo, a receita merece ser registrada neste blog.

INGREDIENTES:

½ xícara de amido de milho (polvilho doce ou araruta)

½ xícara de bicarbonato de sódio

5 a 10 gotas de óleo essencial (aí vai do seu gosto)

MODO DE FAZER:

Misture todos os ingredientes e PRONTO!

DICAS:

1. Pense bem no recipiente que você pretende colocar. Infelizmente joguei fora o potinho do Talco industrializado que acabou :-/ Poderia ter reutilizado... Afinal ele foi feito para isso. Se você tem o seu, tente reaproveita-lo.

A primeira tentativa de armazenamento foi num “saleiro” de vidro velho. Coloquei o talco dentro, mas por ser muito fininho ele não saía (aff!). Tentei acrescentar grãos de arroz, como fazemos com o sal. Não faça isso... Não funciona. Perdi metade da receita.

Por fim, tive que ceder ao plástico (grrrr...). Comprei um potinho desses que usamos para catchup e mostarda. Funcionou! Agora vamos fazer o possível para esse potinho durar por décadas! Mas se tiver um potinho de tempero usado, com furinhos maiores, são perfeitos!

2. Sobre os óleos essencias, misturei 3 cheirinhos e gostamos do resultado: Alecrim, Lavanda e Tea Tree (ou Melaleuca). Este último é super indicado para este fim pelos seus efeitos comprovados de ação bactericida e antifúngica.

Espero que você goste também da receita!

Tenho um pouco de receio em escrever sobre este assunto. Primeiro porque não me sinto suficientemente preparada: o tema é polêmico, discutido há tanto tempo por profissionais da área... Quem sou eu pra dizer qualquer coisa?!

No entanto... impossível negar a necessidade de sabermos mais sobre um tema tão presente no dia-a-dia da maioria dos seres humanos. Basta sair na rua, parar para comprar “uma coisinha qualquer" e automaticamente nos deparamos com a tentação da sacolinha.

Somos uma sociedade adicta, completamente viciada em plástico. E se tem uma espécie poderosa e intoxicante, difícil de se livrar é esta, o saco plástico.

Importante destacar que em si, a sacola plástica, não é a vilã. A questão está no consumo absurdo e, no tempo que ela dura. Assustador! Infelizmente, nosso estilo de vida “descartável” ainda não assimilou a grave realidade em que se encontra o planeta.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, entre 500 bilhões e 1 trilhão de sacolas plásticas são consumidas em todo o mundo anualmente. No Brasil, cerca de 1,5 milhão de sacolinhas são distribuídas por hora!

“As sacolas plásticas são motivo de enorme debate internacional. Seu consumo exagerado tem causado situações assustadoras. Na África do Sul, por exemplo, há tantas espalhadas pelas cidades, matas e rodovias que passaram a ser chamadas de "flor nacional", tamanha a quantidade vista em gramados, jardins e florestas. Na Índia, centenas de vacas morrem todos os anos ao ingerirem sacos plásticos. Milhares de tartarugas confundem as sacolas plásticas que chegam aos oceanos com águas-vivas, sua fonte básica de alimento, e morrem sufocadas. Já os norte-americanos jogam fora pelo menos 100 bilhões de sacolas plásticas por ano, o que significa o desperdício de 12 milhões de galões de petróleo.” Ministério do Meio Ambiente (leia mais aqui).

A reciclagem deixou de ser a solução diante do consumo desenfreado. É também economicamente inviável por razões como, por exemplo, a dificuldade de sua separação e limpeza (descontaminação), assim como a fina espessura. Saiba mais aqui.

O que fazer então?

Na nossa casa dispensamos completamente o uso das sacolas oferecidas gratuitamente nas lojas e supermercados. Escrevi um post sobre isso: NOSSO LIXO.

As alternativas encontradas para o dia-a-dia são:

• RECUSE SEMPRE (sacolas e saquinhos plásticos)
• TENHA A SUA SACOLA REUTILIZÁVEL SEMPRE A MÃO – Existem muitos modelos disponíveis no mercado. Tenho pelo menos uma (menor) dentro da bolsa e duas grandes no carro.
• POTINHOS DE VIDRO – Podem ser de plástico também, mas como a ideia é diminuir o consumo deste resíduo, geralmente optamos pelo vidro. Já compartilhei alguns vídeos no Instagram das minhas comprinhas semanais em lojinhas à granel e, até mesmo na peixaria. Veja este aqui.
• SAQUINHOS DE PANO – Uma alternativa interessante encontrada foram os saquinhos de pano 100% algodão. Mandei fazer de dois tamanhos diferentes a fim de ter como alternativa leve e rápida para as compras à granel. Eles são práticos e facilitam a vida de quem não tem como andar com os potinhos à tira colo. Não uso para armazenar, mas para transportar – desde compras (a maioria grãos), como lanchinhos rápidos (biscoitos, frutas, leguminosas, etc.). Sujou? É só lavar e reutilizar! P.S.: Tô pensando seriamente em fazer um saco maior para comprar o pão... Mesmo sendo de papel, o saco do pão oferecido pelas padarias acaba sendo mais um lixo :-/

Uma dúvida recorrente é sobre o peso do saquinho de pano ou dos potinhos e a reação dos comerciantes. Minhas experiências tem sido muito positivas. A primeira reação nas lojas é de surpresa, mas não precisa explicar muito, basta dizer que você está evitando o plástico e pronto.

Se for possível, aproveite para bater um papo e já plantar uma sementinha do bem no coração do atendente. Sobre isso desejo escrever em breve.

Tenho provado que pequenas atitudes como essas podem inspirar pessoas a nossa volta... Eu acredito que fazer o bem, por menor que ele seja, sempre produz transformação. Gravei um vídeo falando sobre isso, veja AQUI.

Concluo esta reflexão com uma famosa frase do Mahatma Gandhi (que, desculpem, já devo ter escrito em outro post):

“Seja a mudança que você quer ver no mundo.”

Uma das coisas tão legais da Casa Sem Lixo é o mundo de possibilidades que se abriu diante de mim.

Já falei sobre o meu banheiro e o quanto gosto de maquiagem e dos cosméticos de uma forma geral. Mencionei quão nocivos eles podem ser à nossa saúde e à saúde do planeta. Sendo assim, venho procurando outras opções, receitas naturais, produtos orgânicos... Bem diferentes daqueles que ainda ocupam e ocuparam (por tantos anos) nossas gavetas e prateleiras.

Uma das novidades de uma vida mais natural (e que gera menos lixo) é que você pode fazer um tanto de coisas em casa. Os produtos caseiros tem diversas vantagens, como economia e saber exatamente o que você está colocando no seu corpo.

Por isso, sempre que possível, vou compartilhar aqui as receitinhas aprovadas!

Aqui segue uma delas: deliciosa e bem simples para você ter/fazer sua própria manteiga corporal.

Uso nos lábios, nas áreas mais ressecadas, unhas, cutículas, pernas... Na pele em geral. E é também uma boa opção para dar de presente!

INGREDIENTES:

CERA DE ABELHA RALADA – 1 colher de sopa

MANTEIGA DE COCO – 1 colher de sopa

ÓLEO DE COCO – 2 colheres de sopa

AZEITE DE OLIVA – 2 colheres de sopa

MODE DE FAZER:

- Derreta em “banho maria” (fogo baixo) a cera de abelha e a manteiga de coco.

- Assim que estiverem derretidas e misturadas acrescente o óleo de coco + o azeite.

- Continue com o fogo aceso até que todos os ingredientes fiquem bem misturados.

- Retire da água quente (cuidado!) e assim que possível, transfira para o potinho onde você irá armazenar.

A receita rende mais ou menos 30ml. Você pode dobrá-la ou triplicá-la caso desejar fazer em maior quantidade.

Onde achar a cera de abelha?

O ideal é comprar direto com um produtor de mel. Se não for acessível, é possível encontrar em sites na internet. Procurei em diversas farmácias de manipulação e lojas de cosméticos aqui em Floripa em não encontrei.

MAIS UMA DICA

Sobre hidratação corporal, deixo uma dica que tem dado certo por aqui. Após o banho, assim que desligo o chuveiro, tiro o excesso da água do corpo com as mãos e passo Óleo de Coco em toda a pele.

Reservo a manteiga corporal para as áreas mais ressecadas. (Detalhe: tem que gostar do cheiro de coco, kkkkk...)

Agora... mãos a obra!

Atendendo aos pedidos resolvi compartilhar, também aqui, algumas das receitinhas culinárias que fazem sucesso na nossa casa.

Não sou nutricionista, muito menos grande cozinheira, mas por conta das minhas intolerâncias alimentares (e da questão ambiental), nos últimos anos tenho aprendido a experimentar coisas novas e testar receitas diferentes.

O fato de assumir meu “relacionamento sério” com o vegetarianismo também tem me impulsionado a arriscar mais na cozinha. Confesso que existem dias de puro prazer e outros onde o desastre é total!

Sim, cozinhar é uma arte que exige coragem. Assistir documentários, vídeos, trocar ideia com outras pessoas, além da aquisição de livros de culinária, tem me ajudado bastante.

Segue então a receita da granola, que na verdade não é minha (importante destacar), peguei no livro da Bela Gil (que eu amooo), Bela Cozinha 2, e dei umas pitadas pessoais. Assim como você pode dar as suas, tirando ou acrescentando ingredientes que lhe agradam.

INGREDIENTES:

4 xícaras de aveia (flocos grandes)

1 xícara de melado

½ xícara de óleo de coco

½ xícara de sementes de girassol

½ xícara de sementes de abóbora (sem casca)

½ xícara de coco seco ralado

½ xícara de castanhas (nozes, castanha-de-caju, castanha-do-pará)

2 colheres de sopa de goji berry

2 colheres de sopa de uva passa

MODO DE PREPARO:

1. Misture a aveia, o melado e o óleo de coco numa tigela e passe para uma assadeira.
2. Leve ao forno por 20 minutos (180⁰).
3. Adicione as sementes, coco e castanhas, misture bem e coloque de volta ao forno por mais 10 minutos.
4. Retire do forno e deixe esfriar antes de acrescentar o gogi berry e a uva passa.

DICAS:

• Assim que esfriar a granola ficará bem crocante. No processo de “esfriamento” vale a pena dar uma mexida de vez em quando para que a granola não grude na assadeira.
• Se quiser deixar a granola mais nutritiva, troque uma das xícaras de aveia por 1/2 xícara de quinoa em flocos + 1/2 xícara de amaranto em flocos. Fica deliciosa igual!

INFORMAÇÃO IMPORTANTE:

Compro todos os ingredientes dessa receita à granel – fora o melado que vem num recipiente de vidro retornável (tem post sobre ele no Blog). Receitinha zero plástico!

Esta receita rende mais ou menos 500 gramas de granola.

OUTRAS DICAS:

Se você gosta de cozinha “do bem”, ou “alternativa”, vale a pena conhecer as receitas da Bela Gil, Tati Lund, Anna Elisa de Castro, Alana Rox, Astrid Pfeiffer, etc... Tem muita gente boa, fazendo delícias sustentáveis!

Sobre vegetarianismo, indico a leitura dos livros do Dr. Eric Slywitch. Além das suas experiências pessoais e clínicas, esse médico nutrólogo traz dados chocantes de pesquisas sérias que podem ser bem esclarecedoras.

Agora, mãos na massa!

No início da gestação do Theo, nosso primeiro filho, fomos presenteados com uma super oportunidade de conhecer Paris. Eu estava concluindo o curso de Moda e me preparava para uma mudança radical... A viagem aconteceu no momento perfeito.

Não ficamos hospedados em Hotel, mas no apartamento de uma família francesa. Enquanto nos deliciávamos no inverno europeu, eles curtiam o verão do Brasil – foi uma “troca de casas” (assunto para outro post).

Uma das coisas que me chamou atenção no pequeno apartamento francês foram as caixas transparentes lotadas de roupinhas de criança – com etiquetas de 1 ano, 2 anos... Nossa “anfitriã à distância” havia guardado as roupas da única filha para um possível segundo bebê. Esse era um assunto novo pra mim. Deixei registrado.

Sete anos mais tarde, me deparo com “a chegada” das roupas para a Nina, nossa caçula. Desde que ela nasceu (na verdade antes de nascer), somos presenteados com as roupinhas da priminha Bruna e da amiguinha Helena! A cada troca de estação chegam até nós sapatinhos fofos e roupinhas cheirosas, cheias de histórias e carinho. Uma delícia!

Não tenho problema nenhum em ver meus filhos usando roupas usadas. Mas já vi a cara feia de algumas mães, chocadas com o fato de que sim, minha filha usa roupas que já foram de outras crianças! Sim, já comprei roupas em brechó infantil. E, sim, o planeta agradece!

Vivemos a cultura do descartável. As tendências mudam num piscar de olhos e, mais do que nunca, com a fabricação barata, não pensamos duas vezes antes de jogar as coisas fora! A cada ano produzimos 3% a mais do que no ano anterior. Resultado: crise do lixo.

Pensa comigo: Enquanto milhares de pessoas não tem acesso a água potável, para produzir uma simples camiseta são usados até 2000 litros de água. No caso da calça jeans, pode chegar a 11000 litros! Se quiser ir além, assista o documentário "The True Cost" que discute os impactos negativos da indústria têxtil no planeta (disponível no Netflix).

Não tenha dúvidas, aqui em casa somos super gratos aos parentes e amigos que nos abençoam com essas roupinhas, que depois seguem para outros guarda-roupas. Reutilizar é a nova moda.