Compro Novo ou Conserto?

Será que quando nossa cafeteira (pipoqueira, mixer, geladeira, ferro, chuveiro... ou qualquer outra coisa) estraga, sai mais barato comprar outra do que arrumar? Pois é... eu sempre acreditei que sim! E conheço muita gente que, consciente ou inconscientemente, se comporta da mesma forma. Mas fico impressionada ao tentar identificar quando foi que conseguiram me/nos convencer que pagar 120 é mais barato que 80?

Como assim? Calma que eu vou explicar... Mas já adianto: Acontece! Acontece o tempo todo! E o pior é que muitas vezes nem nos damos conta. Eu mesma só fui me dar conta há uns 8 meses, quando minha cafeteira estragou. Como já vínhamos nesta jornada de repensar escolhas, buscar mais saúde (física, emocional, financeira, ambiental) através da informação, acabamos saindo do automático e abordamos o problema da cafeteira estragada de uma maneira bem diferente do que costumávamos fazer.

VALE A PENA

Antes de desligar o automático, processo que compartilho com vocês no meu canal do YouTube Pati Papos e conta do Instagram de mesmo nome, nossa abordagem era majoritariamente descartar o item com defeito e comprar um item novo, de preferência um modelo novo e mais moderno “para durar bastante”. O interessante é que quando orçamos o valor de uma cafeteira nova, ela custava mais ou menos 120 reais; e quando orçamos o valor cobrado para o reparo da cafeteira antiga, custava 80 reais... ou seja aproximadamente 30% menos. Isso sem nem entrar no mérito da sustentabilidade, da questão de gerenciar os resíduos e quanto tempo todo este material leva para ser degradado. Já que aqui nesta querida casa sem lixo, a gente já sabe que não existe fora! Tudo é dentro! Dentro do nosso planeta! Por isso manejar os resíduos é, sim, nosso problema!

Mas agora preciso confessar que quando primeiro tivemos acesso aos valores, a minha reação foi: hum... acho que não vale a pena... afinal é pouca diferença de preço e o arrumado nunca fica tão bom como o novo. Quem nunca ouviu ou pensou assim?

E é aí que te pergunto: até que ponto as coisas atualmente são de fato descartáveis, ou é nosso comportamento, nossa educação que promove a cultura do descarte.

É DESCARTÁVEL?

É claro que eu enxergo que as coisas tiveram uma perda importante de qualidade, não é este o ponto! O que quero questionar é até que ponto é só isso que está em jogo. Até que ponto este saber coletivo de que tudo é descartável não tem uma raiz comportamental também. Até que ponto ela não é, também, esta pulguinha que fica atrás da nossa orelha nos questionando se pagar 80 para consertar, não vai nos fazer pagar de fato 200 reais: 80 do conserto mais 120 por uma cafeteira nova.

Pois me permita te contar uma coisa linda que descobrimos aqui em casa: não é isto que acontece! Ou melhor, não é isso que acontece na maioria das vezes.

Por isto, considerando que o conserto de algo custa em média entre 30-50% mais barato do que comprar um item similar novo, passamos a fazer uma economia significativa. O que nos permite tomar o risco de que uma ou outra vez, não vai ter conserto e precisaremos comprar algo novo, ou repensar a necessidade da existência/uso daquele item na vida.

É LOGICO!

E assim, voltamos a nos conectar com a lógica (tão logica, não é mesmo?!) de que R$80,00 é mais barato que 120. E de fato é! Que R$80,00 são R$80,00 e não são necessariamente 200! Que quando consertamos algo, salvamos dinheiro, salvamos recursos naturais, salvamos planeta! E mais! Salvamos também a economia familiar, circular, local!

Sim! Nosso consumo deixa marcas! Este assunto certamente é extenso e merece um olhar atento só para ele, mas aqui vamos nos permitir apenas uma visita simplista e rápida no ponto central relacionado ao nosso tema: conserto ou compro novo?

ONDE EU ASSINO?

Pois bem, aqui em casa estamos cada dia mais conectados com a noção de que nosso consumo é como um “assinar em baixo” dos negócios aos quais damos suporte. Por isso, quando decidimos arrumar a nossa cafeteira, assinamos embaixo de pequenos negócios, comumente familiares, e que, na grande maioria dos casos, ganham a vida de forma sustentável, arrumando e preservando itens que já existem para que sua vida seja longa e próspera. Para que não virem lixo e entulho. Para que não precisemos extrair mais e mais matéria prima da nossa tão desgastada natureza. E este, meus queridos, é o tipo de negócio que eu quero dar suporte.

Obrigado pela atenção e feliz reparo para todos nós!

Texto escrito pela querida Patrícia Dillenburg - Criadora de conteúdo do canal Pati Papos. Pesquisadora, Dra. em Bioquímica e amante do empoderamento através da informação, trocou o trabalho na “área da doença” pela possibilidade de promover saúde através da informação, pois acredita que saúde se aprende e educação cura!


Paradigma da Beleza

Com o passar do tempo avanço da industrialização, consequentemente a nossa relação com a beleza deixou de ser proveniente de fontes naturais...

Diariamente usamos cosméticos, seja para a higiene pessoal e ou finalidades estéticas.     Mas entre sabonetes, shampoos e batons você sabe o que anda passando no seu corpo? Para entender nossa relação com esses produtos precisamos olhar para nossos antepassados.

Apesar de parecer uma prática moderna os primeiros relatos do uso de cosméticos datam 30 mil anos que consistiam em misturas feitas de cascas de árvores, seiva de folhas esmagadas e orvalho. No entanto foi na civilização egípcia, conhecida como berço da cosmética, que o emprego de substâncias da natureza foram amplamente utilizas, presentes nos banhos perfumados a base de cinzas, óleo de castor como protetor solar e delineadores com fuligem e carvão.

legado indígena de cosméticos para os brasileiros foi bastante rico, pois os índios tinham como habito se depilarem, cortar e lavar os cabelos e ainda utilizavam óleos vegetais e extratos naturais de ervas e frutos. Cascas de árvores e sementes produziam pinturas que eram utilizadas em diferentes ocasiões, como comemorações ou rituais sagrados. Podemos concluir então que não é apenas um hábito e cuidado com o corpo, mas também uma forma dos povos se expressarem e transmitir suas identidades.

Tecnologia

Com o passar do tempo avanço da industrialização, consequentemente a nossa relação com a beleza deixou de ser proveniente de fontes naturais. Continuamos a nos expressar e afirmar nossas tradições, mas agora com os materiais que a tecnologia foi nos oferecendo e cada dia mais oferece uma gama de produtos para todos os tipos de cuidados e para cada parte dos nossos corpos. O que por um lado é incrível! Tratamentos de problemas de pele com um produto específico em solução desse problema em um curto período de tempo, variedades infinitas de cores de batons e sombras para os olhos e diversos outros produtos que a primeira vista enche nossos olhos e viram desejos de consumo imediatamente.

Em contrapartida, com milhares de opções disponíveis no mercado, nós acabamos nos perdendo em meio de tanta informação. É muito mais simples ignorar e se abster de algumas informações nada convenientes em relação ao cuidado de deveríamos ter ao colocar um produto cosmético em nossa pele, em nossos corpos.

Alguns componentes são nocivos a nossa saúde e ao meio ambiente, de forma recorrente podemos encontrar nos rótulos derivados de petróleo, óleo mineral, triclosan, fragrâncias sintéticas, formaldeído e liberadores de formol. Todos esses componentes e muitos outros que nem sequer temos conhecimento, a longo prazo pode prejudicar muito a nossa saúde. Existem diversas pesquisas que fazem a ligação do uso de desodorantes convencionais com alumínio ao aparecimento de nódulos malignos nos seios, principalmente nas áreas próximas a axila.

O uso de surfactantes como o Lauril sulfato de sódio, que por sinal está presente na maioria dos shampoos vendidos nos mercados, pode ter relação direta com diversas alergias tanto em seres humanos como animais e pela poluição de rios e mares. Com certeza toda inovação trouxe muito comodismo e rapidez para nossa vida moderna tão atribulada, porém qual é o preço real de todos esses produtos que colocamos em nós e nem ao menos sabemos o que é e como reage com nosso corpo e com o nosso meio ambiente?

*Post escrito por Natasha Londero, 27 anos, manezinha da ilha, Doutorada em química pela Universidade Federal de Santa Catarina e apaixonada por pesquisa e desenvolvimento. Acredita que os ativos naturais associado a tecnologia podem trazer a melhor versão da beleza natural interna. Por esse motivo fundou a Caulí Beleza Natural juntamente com a Renata Marcelino, 28, carioca com coração de manezinha, arquiteta e encantada cada vez mais com o universo da cosmetologia natural. O propósito da Caulí é levar produtos naturais de alta qualidade sem agredir o meio ambiente e nosso corpo, trazendo mais equilíbrio entre nós, o que consumimos e o nosso planeta.

Beleza Consciente

Considerando todos os benefícios a crescente demanda por uma vida com mais saúde, o mercado de maquiagens naturais e orgânicas vem ganhando forma e espaço.

Há mais ou menos cinco anos o mercado de maquiagens naturais e orgânicas vem ganhando forma e espaço entre as convencionais, o que já era esperado, considerando todos os benefícios e vantagens em optar por esse tipo de produto e a crescente demanda por uma vida com mais saúde.

Enquanto marcas tradicionais ainda apostam em embalagens não retornáveis, testes em animais, ativos químicos e um consumo desenfreado, as marcas naturais propõem o caminho inverso. Ativos naturais, maquiagens que tratam a pele, embalagens retornáveis e produtos multifuncionais, são alguns benefícios para quem escolhe fazer esta transição e mudança no estilo de vida.

Não podemos mais fingir que não estamos vendo animais serem utilizados para testes em culto a beleza e que a grande maioria dos ativos utilizados em makes convencionais são derivados de petróleo, parabenos e chumbo, que são substâncias comprovadamente cancerígenas. A pele é o nosso maior órgão e absorve em média 60% do que é aplicado. Um batom comum por exemplo, possui 33 compostos químicos, como metacrilato e polimetil, causadores de muitas alergias e câncer.

Repense

Precisamos repensar nossos hábitos de consumo, entender melhor o que estamos consumindo e nos questionarmos: será que é preciso ter tanto para ser? A moda diz que sim, que precisamos ter uma paleta de sombras com 600 cores com 50 tons de azul, que mesmo se vivermos 1000 anos não iremos utilizar, e no ano seguinte você precisa trocar porque simplesmente outra paleta com 800 cores é lançada ou seu produto está vencido.

E a logística reversa disso tudo? E o pós-consumo? Nosso planeta implora por menos, MENOS LIXO!

Produtos Multifuncionais

Porque não usar o batom como sombra, como blush, como acabamento? E a sombra como batom e blush? Um bom hidratante finalizado apenas com pó ao invés de base? Sim, isso é possível, e basta ter criatividade. Otimize seus produtos, as makes monocromáticas e minimalistas são super lindas, delicadas e elegantes.

Nossa sugestão é apostar em produtos multifuncionais, com refil e que você vai utilizar de verdade, que vai valer cada centavinho que você gasta de vida trabalhando para pagar por eles.

Além disso, quando você utilizar um produto natural irá perceber a diferença a curto, médio e longo prazo, mas não esqueça que o mais importante é entender que a beleza real vem de dentro para fora!

Vamos promover beleza sem destruir nosso planeta?

Debora-7

Texto escrito pela querida Débora Dorneles.
Fundadora da Terra Maya Cosmética Natural
#pratiqueabelezaconsciente

Desintoxique sua Casa

A combinação de produtos químicos prejudiciais à saúde é liberada no ar por meio de purificadores de ambiente, produtos de limpeza e velas perfumadas...

Seguimos trocando idéias de como podemos repensar nossos hábitos de 'limpeza' e de 'beleza'. Chegou a vez de falarmos mais um pouco sobre a limpeza da casa. No caso, uma limpeza consciente, que limpa de verdade, ou seja, sem 'sujar', ou fazer mal pra ninguém.

Quem escreve desta vez é mais uma marca parceira da Casa Sem Lixo: POSITIV.A. Uma empresa super bacana, que existe desde 2016, com objetivo de restaurar o equilíbrio entre humanidade e natureza através de produtos e serviços, baseados nos princípios da economia circular, bem como no apoio à agricultura familiar.

DESINTOXIQUE SUA CASA

Em nossa cultura, fragrâncias são sinônimo de limpeza e frescor. O que não nos contam as embalagens dos produtos com essas substâncias são os riscos à saúde que elas podem causar. Queremos te dar algumas dicas para que você desintoxique sua casa!

A combinação de produtos químicos prejudiciais à saúde é liberada no ar por meio de purificadores de ambiente, produtos de limpeza e velas perfumadas, por exemplo, além de todos os produtos de uso comum e rotineiro, como desodorante spray, shampoo, roupas, perfumes etc.

A atmosfera está contaminada por essas substâncias e todos nós estamos respirando involuntariamente esses químicos, mesmo aqueles que optam por não usarem esses produtos. Por isso, fala-se que a fragrância é o novo fumo passivo. É preciso repensar nossos hábitos de consumo, para que possamos limpar o ar e melhorar nossa qualidade de vida.

Qual é o primeiro passo?

Comece pelos espaços em que passamos maior tempo, como nossa casa e nosso local de trabalho.

EM CASA

A lavagem de roupas e louças com detergentes e amaciantes contendo aromas e corantes libera substâncias químicas tóxicas no ar e na nossa pele, que está em contato direto com os tecidos. O quê estamos levando para dentro de casa, com o intuito de “limpá-la”? Quais os impactos que eles podem gerar em nós e no planeta?

As fragrâncias e corantes, constantes nos produtos de limpeza convencionais, são compostos por centenas de produtos químicos sintéticos e, desse grande número de substâncias, nenhum deles é fiscalizado ou testada sua segurança.

E ainda mais! Poucas pessoas têm o hábito de ler os rótulos dos produtos que consome. Hoje em dia, as embalagens de alimento são um pouco mais lidas, mas as de produtos de limpeza, no geral, passam longe dos olhos dos consumidores.

NO TRABALHO

A maioria dos escritórios mantem janelas fechas e ar condicionado ligado o dia todo, o que faz com que o ar não circule. Ou seja, todo produto químico artificial usado dentro deste ambiente será inalado pelas pessoas que estão ali diariamente. Para as salas, mesas e computadores sugira que o ambiente seja limpo com multiuso de 100% base vegetal. Nos banheiros onde são usadas substancias ainda mais fortes, existem opções ainda ecológicas à base de terpenos que naturalmente eliminam as bactérias e o cheiro desagradável deixando o ambiente limpo e com cheiro cítrico natural.

O PROBLEMA É SÉRIO!

De acordo com um estudo do Environmental Working Group (EWG), 72% dos produtos com o ingrediente “fragrância” contém disruptores endócrinos que são associados à:

– diabetes

– obesidade

– câncer de fígado

– câncer de mama

– desequilíbrios hormonais que afetam a fertilidade

– desenvolvimento do corpo.

Infelizmente, por causa da falta de preocupação dos fabricantes e marcas com a saúde das produtos, não há como o consumidor tomar decisões com base nessas substâncias. Em até 95% desses produtos sintéticos usados ​​para produzir fragrâncias são derivados de produtos petroquímicos, que estão diretamente ligados à outras muitas doenças contemporâneas.

Para tornar as coisas ainda piores para a população, muitos produtos rotulados como “sem cheiro” são, na verdade, o produto perfumado com a adição de outra fragrância de mascaramento.

Produtos perfumados artificialmente são prejudiciais à nossa saúde. Bebês, crianças, idosos e pessoas com câncer ou doenças crônicas estão particularmente em risco. A demanda atual por produtos “cheirosos” reflete a desinformação e o interesse de grandes indústrias.

MAS EXISTE SOLUÇÃO! DESINTOXIQUE SUA CASA COM A POSITIV.A!

Para manter sua casa livre de substâncias químicas nocivas e desintoxicada de cores e aromas artificiais, criamos nossos produtos de limpeza consciente POSITIV.A, que não possuem em sua composição nenhum tipo de corante e seus cheirinhos são naturais do óleo da laranja e do coco.

A remoção de todos os produtos que possuem fragrância como ingrediente melhorará imediatamente a qualidade do ar em sua casa e/ou escritório.

O ato de limpar a casa merece toda atenção quando o assunto é nosso bem-estar e o cuidado com o meio ambiente. Apropriar-se dessa tarefa que, muitas vezes, acaba sendo terceirizada também é uma ação positiva! Cuidar dos seus próprios espaços, zelando pela qualidade, economia e pelo melhor futuro possível do nosso planeta.

Fazer escolhas certas hoje, em nosso dia a dia, pode mudar o futuro das próximas gerações.

Ao manter os espaços que frequenta limpos de forma ecológica e saudável, tornará esses ambientes mais leves e isso trará consequências também para sua vida e seu desenvolvimento.

Assuma a responsabilidade pela saúde e pelo bem-estar de sua família – busque alternativas não prejudiciais a nós, humanos, e ao meio ambiente!

Uma dica extra: Assista!

Para acompanhar ainda mais o tema, recomendamos o documentário STINK!, em português, Cheirando Mal. O filme, ganhador de prêmios, explora porquê existem toxinas e substâncias cancerígenas legalmente escondidas nos produtos de consumo. “O filme que a indústria química não quer que você veja”, mas nós recomendamos!?

Texto postado originalmente em 24/07/2018 no blog da POSITIV.AAcreditamos que podemos agir de forma mais positiva, que somos construtores do futuro e amigo de todas as espécies. Somos conscientes do mundo que estamos deixando como legado para nossos filhos e filhas, e temos orgulho disso.

Mas, e o cocô?

Uma das principais dúvidas quando o assunto é fralda de pano... 

O Dia da Sobrecarga da Terra de 2019 já aconteceu... :-/ Falamos sobre isso AQUI. Onde entre outras coisas sugerimos algumas ações e reflexões sobre como podemos mudar essa história a médio prazo. Desde então estamos trazendo conteúdo sobre cada uma delas, essas "dicas" que você também pode conferir neste vídeo.

O foco desta semana será repensar nossos conceitos de "limpeza" e de "beleza". Iniciaremos este "bate-papo" aberto começando pelo começo. O 'lixo', a 'caca' faz parte da nossa jornada desde que viemos ao mundo então, chegou a hora de falar de cocô!

Quem traz a reflexão é a Nós e o Davi, uma empresa parceira da Casa Sem Lixo, de fraldas ecológicas, que tem como objetivo atender às expectativas de mamães e papais com um produto que não agride tanto o meio ambiente. Vamos lá?

MAS E O COCÔ?

Essa é a pergunta de 9 em cada 10 pessoas quando o assunto é fralda de pano moderna. A resposta para essa pergunta vai variar muito de acordo com a idade do bebê o tipo de alimentação. Muitas vezes algumas pessoas acham uma fase mais fácil do que a outra, mas não existe unanimidade. Vai depender da experiência de cada um e, especialmente, da frequência e “estilo” de cocô de cada bebê.

Vamos dividir a explicação em estágios:

Primeiro estágio: mecônio

O mecônio é o primeiro cocô do bebê, e normalmente dura somente os primeiros dias de vida. Muitos pais optam por não utilizar fralda de pano nessa fase, principalmente porque é tudo muito novo, e a fralda de pano pode ser mais uma tarefa para aprender a lidar. Mas ainda assim, podemos dizer que não é impossível utilizar fralda de pano desde os primeiros dias (lembrando que as Nós e o Davi são indicadas somente a partir de 4 quilos). O mecônio é pegajoso e tem uma coloração muito escura que pode manchar o absorvente ou a fralda. Não recomendamos que se utilizem liners, pois a maioria tem uma textura não muito macia para a pele delicada do recém-nascido. Para retirar o mecônio da fralda, pode-se usar papel higiênico, ducha higiênica ou chuveiro. É importante que a fralda seja lavada assim que possível, pois o mecônio mancha fácil. Em caso de manchas, o sol é um grande aliado para clarear. Se a mancha persistir, você pode tentar passar suco de limão e colocar no sol novamente. A boa notícia é que o mecônio dura pouquíssimos dias. Ou seja, assim que você aprender a lidar com ele, ele não vai mais existir!

Segundo estágio: bebês que só mamam

Os bebês que mamam exclusivamente leite materno têm um cocô de cheirinho adocicado (não significa que seja um cheiro bom, mas também não é insuportável). Esse cocô é amarelo, alaranjado ou verde, tem uma textura cremosa e é totalmente solúvel em água. As cores podem mudar ao longo do tempo, mesmo que o bebê continue somente no leite materno. Esse estágio é ótimo, pois torna tudo muito fácil. As fraldas sujas com esse tipo de cocô podem ser lavadas diretamente, sem precisar raspar nada ou enxaguar.

Nessa fase, é muito comum ouvirmos relatos de pais sobre “cocôs explosivos”, “mega-vazamentos”, etc. A ótima notícia é que geralmente as fraldas de pano seguram muito bem esses cocôs! Acreditem, recebemos muitos relatos de clientes Nós e o Davi que contam que reduziram os acidentes depois que passaram a usar fralda de pano. Uma das vantagens do aleitamento materno exclusivo é que alguns bebês fazem cocô somente duas ou três vezes por semana. O motivo é que o leite materno é tão perfeito que o corpo do bebê absorve quase que integralmente os nutrientes e não sobra nada para evacuar. Mas atenção, isto não é regra. Muitos bebês fazem cocô a cada mamada, mesmo depois dos três meses. O cocô de amamentação exclusiva raramente mancha a fralda. Se não sair na primeira lavada, provavelmente sairá na segunda ou na terceira – e lembre-se, mesmo manchada, a fralda está limpa! Em caso de mancha, novamente reforçamos o poder branqueador do sol. Para bebês alimentados com fórmula, você ainda poderá lavar as fraldas diretamente, mas a cor do cocô normalmente é diferente dos bebês que mamam leite materno. O cheiro do cocô de fórmula não é tão adocicado (nem tão tolerável) quando dos bebês de LM, então pode ser menos tranquilo carregar a fralda por aí. O restante da rotina é idêntico.

Terceiro estágio: introdução alimentar

Aqui é quando a coisa começa a ficar mais cabeluda. Diga adeus à facilidade de simplesmente jogar as fraldas no balde, e também esqueça o cheirinho adocicado. O bebê passará por uma fase com cocô mais pastoso e pegajoso, e eventualmente com pedaços de comida que não foram totalmente digeridos. Esse cocô precisa ser tirado antes que a fralda vá para o balde. Você pode utilizar a ducha higiênica (se tiver sorte de ter uma), ou usar algo para raspar o cocô da fralda (algumas pessoas improvisam utilizando pedaços de garrafa plástica).

Algumas pessoas utilizam liners biodegradáveis, que são feitos para ir entre a fralda e o bumbum do bebê. Esses liners podem ser jogados na descarga, e assim a fralda fica sem muitos resíduos e pode ir diretamente para a máquina. Os liners são encontrados em sites de multimarcas de fraldas de pano, e também alguns sites de produtos importados.

Quarto estágio: alimentação complementar

Uma vez que a alimentação já está estabelecida, o bebê passa a fazer cocôs mais durinhos, já que a alimentação dele normalmente é natural e cheia de fibras. Nessa fase, para muitas pessoas fica ainda mais fácil do que quando o bebê só mamava. O cocô pode sair inteiro da fralda, e ela ir para a máquina sem maiores dramas. Você pode continuar utilizando o liner que citamos no estágio anterior.

Quinto estágio: bebês caminhantes que comem de tudo

Nessa fase cada bebê é diferente e a qualidade da alimentação vai determinar o tipo de cocô que vem pela frente. A verdade é que se ele continuar com uma alimentação o mais natural possível, provavelmente continuará com cocôs durinhos como no estágio anterior. Você vai notar que em dias de “tranqueira”, o cocô estará mais pastoso e com mau cheiro. Cocô de carne costuma ter um cheiro menos tolerável também. Os cocôs nessa fase são mais propensos provocar manchas, mas não se preocupe. Lembre-se de que a fralda está limpa, use novamente e aproveite o sol do meio-dia para clareá-las. Muitos pais garantem que a ducha higiênica é a melhor amiga nessa fase!

Pra quê tanta roupa?

Surgiu então o fast fashion: a produção de moda em larga escala...

Houve um tempo em que a indústria da moda produzia duas coleções por ano: primavera/verão e outono/inverno. No entanto fatores como o crescimento da população, influência da mídia e facilidade das linhas de crédito ocasionaram, ao longo dos anos, um aumento da demanda por esses produtos e consequentemente a necessidade de acelerar sua produção. Surgiu então o fast fashion: a produção de moda em larga escala.

Além de alienar as preferências do consumidor e ditar padrões opressores, o fast fashion é conhecido por se manter à base de trabalho escravo e exploração de recursos naturais. Também é uma das áreas que mais gera prejuízos ambientais.

De acordo com o relatório “O Estado Real das Águas e da Biodiversidade no Brasil”, recentemente se verificou um aumento de 280% de contaminação fluvial proveniente do despejo de material tóxico gerado pelas indústrias. No ranking de indústrias mais poluentes do mundo estão a de eletricidade, a agricultura, o transporte rodoviário, o petróleo, a pecuária e a moda. Esta última sendo responsável pela emissão de 1,715 bilhões de toneladas de CO2.

Pode-se dizer que a produção têxtil e de vestuário é menos poluente do que as demais indústrias, porém o agravante é que a indústria da moda engloba todas elas. A moda também é responsável pelo descarte de 92 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano em todo o mundo. (Dados: Relatório da Indústria da Moda, Copenhagen Fashion Summit)

Aquela blusinha must have da estação passada que compramos, usamos duas vezes e deixamos abandonada em nosso armário é a responsável por manter esse sistema funcionando exatamente dessa maneira. É a responsável por destruir rios, biomas, flora, fauna e o próprio homem. 

Para quebrar esse ciclo é necessário realizar um movimento de refreamento e crítica aos modelos de consumo tal como estão estabelecidos. 

Segundo Henrique Diaz (2017) a partir do momento que a massa crítica de consumo ganha força, a indústria é forçada a repensar sua produção. É o que aconteceu com empresas como Coca- Cola, Nike e outras empresas globais que pressionadas pelos consumidores lançaram, nos últimos cinco anos, programas que visam a sustentabilidade ambiental, para reduzir o consumo de energia, as emissões de gases de efeito estufa e o consumo de água. 

Além desse movimento, frente a situação ambiental delicada em que nos encontramos hoje, ainda é possível consumir a moda de forma consciente. Algumas alternativas são:

OPTAR PELO SLOWFASHION

Na contramão do fast fashion, o slowfashion propõe uma moda mais consciente com uma produção que utiliza os recursos naturais de forma responsável. É produzida em menor escala, o que confere às peças um caráter exclusivo, mais qualidade e durabilidade. 

COMPRAR DE SEGUNDA MÃO

Para aqueles que acham inacessível consumir de marcas slow, uma opção é comprar de segunda mão. Quando compramos de segunda mão estamos abdicando de comprar um produto virgem que precisaria ser produzido do zero. Com isso economizamos recursos naturais e estendemos em 2 anos a vida útil de uma peça que iria para o descarte. Sem contar que as peças de brechó tem um charme único e muita história pra contar.

UPCYCLING

Resgatar uma peça e ressignificá-la possibilita que ela tenha outro fim. No upcycling podemos transformar aquele jeans velho em uma bolsa, aquela calça que não usamos mais em uma bermuda e por aí vai. Com essa atividade retomamos o potencial criativo da moda e a devolvemos sua função expressiva. 

CLOTHING RENT - GUARDA ROUPA COMPARTILHADO

Uma ótima alternativa para quem pensa em se aposentar do armário e não comprar mais nada. O Guarda Roupa Compartilhado permite que o consumidor alugue peças disponíveis em um acervo compartilhado onde ele escolhe um plano e tem acesso à uma quantidade x de roupas por mês, podendo trocá -las periodicamente e variar os looks e composições sem possuir, de fato, a roupa.

CLOTHING SWAP - TROCA

Famoso fora do país, o Clothing Swap vem chegando para ficar. No conceito de Clothing Swap o guarda-roupa pode ser renovado trocando as roupas que já não são mais usadas, com outras pessoas que aderem à prática.

ARMÁRIO CÁPSULA

O Armário Cápsula propõe um guarda roupa reduzido onde entram em uso apenas peças essenciais. No Armário Cápsula o desnecessário e o supérfluo são abolidos, o que corrobora para que a desordem e sensação de não ter o que vestir desapareçam. 

E dentre todas essas alternativas está aquela que é o maior desafio para todos os consumidores: simplesmente não consumir.

Durante um desfile de sua segunda linha, na temporada verão da Semana de Moda de Londres, Vivienne Westwood apelou aos presentes para que não comprassem nenhuma peça de roupa durante seis meses. E justificou que qualidade é mais importante do que quantidade. "Minha mensagem é escolham bem e comprem menos. Não comprem nada pelos próximos seis meses e reciclem suas roupas", disse. A estilista ainda se mostrou preocupada com os impactos ambientais que a moda tem gerado. 

Segundo as previsões do Global Fashion Agenda e do Boston Consulting Group a indústria da moda deve enfrentar um enorme desafio nos próximos 15 anos, momento em que o consumo de roupas deverá subir 63% e chegar a números de produção na casa das 500 bilhões de camisetas. Imagine 500 bilhões de camisetas sendo produzidas em um ano!

Quantos animais morrerão para que cada uma delas possa ser estampada? No sertão milhares de famílias continuarão sem acesso à água enquanto vários litros serão desperdiçados para garantir que possamos vestir a camiseta da estação. Mulheres e crianças serão mantidas em regime de trabalho escravo, recebendo migalhas por dia, sem direito a sonhar com uma vida digna. Tudo isso para que a peça dos sonhos chegue à vitrine. 

Quando viramos tão egoístas? É sobre isso que é a moda? 

Não precisamos de mais uma peça em nosso armário. Precisamos superar a tendência e resgatar a consciência. Moda é atitude. E que essa atitude seja acima de tudo crítica e política. 

Pra que tanta roupa se pra vestir nosso corpo, despimos o mundo? 

karine
Sobre a autora:
Karine Padilha
 é psicóloga, desenvolve pesquisas na área de moda e comportamento e é responsável pelo projeto Armário Cápsula 33+2 

5 Dicas sobre Locomoção Sustentável

Ainda sobre Sobrecarga da Terra, Gases de efeito Estufa e como mudar isso...

Permanecemos focados na meta de mudar o dia de Sobrecarga da Terra, como você pode conferir melhor AQUI. Dentro do tema, precisamos olhar com bastante atenção para os gases de efeito estufa, grandes vilões do aquecimento global.

Esta semana o tema tratado nas nossas redes sociais é “Locomova-se com Mais Consciência”. Apenas pra termos uma ideia de como esta questão é importante, em 2017, um estudo inédito foi lançado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) revelando que os automóveis são responsáveis por 72,6% das emissões desses gases na cidade de São Paulo.

O Brasil está entre os países que mais emitem gases de efeito estufa do planeta, dado que não pode apenas nos assustar, mas precisa nos impulsionar a mudar esta realidade. Como? Seguem 5 dicas:

01. VÁ A PÉ

Sempre que possível prefira ir andando. Acho que não precisa explicar muito. As vezes usar o carro virou mania, ao ponto de desconsideramos a possibilidade de usar o meio de transporte mais fácil para a maioria das pessoas: as pernas!

02. VÁ DE BIKE

Este é um sonho antigo. Cheguei a comprar bike, com cadeirinha pra Nina, na esperança de levá-los pra escola de bicicleta. Ainda não conseguimos. Nosso bairro não tem infra-estrutura pra uma mãe andar com uma criança na bike e cuidar de outra andando sozinha da sua... Enquanto fica de olho nos carros passando e nos pedestres caminhando na mesma calçada. Aff! Impossível! Tentei uma vez e quase morri do coração.

Mas não podemos desistir. Precisamos pressionar o poder público e exigir que ciclovias sejam realidade nas cidades, privilegiando essa galera que vai de bicicleta contribuindo tanto com nosso planeta, sem falar nos benefícios para a mobilidade pública em geral!

Se locomover-se de bicicleta for uma opção pra você, demorou! Vá de bike sempre que possível!

03. VÁ DE TRANSPORTE PÚBLICO

Diferente do que muitos pensavam, o estudo do IEMA comentado acima, revelou, entre outras coisas, que a frota de ônibus da capital paulista não é a principal responsável pela poluição na cidade. Ao analisar diferentes tipos de poluentes atmosféricos, ficou claro o maior impacto de automóveis e motos (dois transportes individuais) em relação aos ônibus, quando comparados os índices de emissões por passageiro transportado. Leia mais AQUI.

Eu sei que agora existe uma comodidade incrível que são os “Fast Food da Locomoção”, os aplicativos de carros. Realmente uma tentação. Mas está na hora de repensarmos até isso e o tanto que fazemos o uso indiscriminado destes. Não é mesmo?

04. CARONA: PEGUE E OFEREÇA

Falando em aplicativo, tem aplicativo pra carona, você sabia? Sim. Dá uma pesquisada aí. O mundo está se reinventando. O estilo de vida individualista não combina mais com a nossa realidade, então bora lá dar muita carona e pegar outras tantas. Ok?

Uma dica, por exemplo, é combinar com os pais da escola das crianças um rodízio, cada dia um enche o carro e leva as crianças.

Seguindo na mesma lógica, você pode criar um grupo de WhatsApp para organizar as caronas. Lembra da Greve dos Caminhoneiros? Então, é como diz o antigo ditado (com o perdão da palavra): “Quando a água bate na bunda a gente aprende a nadar.”

Naqueles dias difíceis de greve as pessoas se reorganizaram para chegarem de alguma forma até os seus destinos. Muitos grupo de “ZapZap” surgiram com objetivo de solucionar um problema real e comum.

Me recordo de um amigo contando que cada dia da semana um colega de trabalho ia com o seu carro e dava carona para os outro, no dia seguinte era a vez do próximo... Não sei se o rodízio continua, mas deveria!

05. PLANEJAMENTO

Quando usar o carro é a melhor ou a única solução encontrada então as rotas e agendas precisam ser planejadas em conjunto, para o bem de todos. Sair todo mundo no mesmo horário é uma boa. Organizar os compromissos mais distantes no mesmo dia, para que o carro não precise sair todos os dias da garagem... E aí vai depender muito da realidade de cada família, de cada pessoa.

Gostou? São dicas simples que poderão ser adaptadas à sua rotina. A ideia é trazer o assunto pra pauta, que como tantos outros, muitas vezes, funcionam no piloto automático.

Falo mais sobre isso NESTE VÍDEO!

Sobrecarga da Terra – 2019

29 de julho, praticamente na metade do ano, usamos todos os recursos providos pelo planeta que deveríamos usar no ano todo!

Cada ano que passa este dia chega mais cedo. Por isso o post é longo pois considero este assunto muito importante!

Você já ouviu falar no dia de Sobrecarga da Terra? Infelizmente em 2019 alcançamos um novo recorde: dia 29 de julho, praticamente na metade do ano, usamos todos os recursos providos pelo planeta que deveríamos usar no ano todo! Ou seja, mais recursos que ele pode regenerar em 12 meses.

Daqui pra frente viveremos com recursos “roubados” das futuras gerações. Escrevo roubar porque na maioria das vezes e, falo por mim mesma, consumimos por puro prazer... Comemos demais, abarrotamos nossos guarda-roupas com futilidades, precisamos de muitos cosméticos, para nossa casa estar “limpíssima” poluímos rios e oceanos (além dos nossos pulmões), necessitamos de MUITOS eletrodomésticos para termos uma vida confortável, não andamos mais a pé, não damos carona (temos cada dia mais medo uns dos outros), somos mais individualistas, compartilhamos menos...

Conhecido como Overshoot Day, o Dia da Sobrecarga da Terra é calculado anualmente pela organização científica Global Footprint Network. Mas você deve estar se perguntando: Como é possível fazer este tipo de cálculo?

O que a Global Footprint Network faz é calcular a PEGADA ECOLÓGICA dividindo a biocapacidade mundial, ou seja, a quantidade de recursos ecológicos que o planeta é capaz de gerar naquele ano, pela Pegada Ecológica mundial, que seria a demanda da humanidade naquele ano. Multiplica-se pelos 365 dias do calendário anual obtendo um resultado que representa a data aproximada em que acabamos com o orçamento da natureza. Isso varia de acordo com cada país ou região.

Vamos falar então de pegada ecológica que seria a área biologicamente produtiva necessária para suportar as necessidades de um indivíduo ou a população de determinada região em termos de alimentação, fibras, produtos florestais, sequestração de carbono e área para infraestruturas. Atualmente, as emissões de carbono representam 60% da pegada ecológica da humanidade, que já experimenta suas consequências, cada dia mais evidentes no desmatamento, seca, escassez de água doce, erosão do solo, perda de biodiversidade e o acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera. 

“Estamos usando os recursos futuros da Terra para operar nossas economias no presente. Como qualquer esquema de pirâmide, isso funciona por algum tempo. Mas à medida em que as nações, empresas ou famílias se aprofundam cada vez mais em dívidas, acabarão por entrar em colapso”. Mathis Wackernagel, CEO e cofundador da Global Footprint Network.

Tá e agora? O que podemos fazer para mudar essa história? O Dia da Sobrecarga este ano no Brasil será amanhã, dia 31 de Julho e eu te convido a se unir a nós e a outros milhares de habitantes da terra para “mover esta data” rumo à sustentabilidade, é o que sugere o próprio Global Footprint Network (GFN).

De acordo com o GFN é possível inverter esta tendência! Se o Dia da Sobrecarga da Terra fosse adiantado 5 dias todos os anos até 2050, seria possível retornar ao nível em que usávamos os recursos de um só planeta. Como afirmam AQUI.

Como vamos fazer isso?

Seguem 5 dicas para auxiliá-lo neste rumo. É claro que isso dependerá muito do seu estilo de vida atual para saber sua eficiência. Por exemplo, pode ser que você não tenha carro, nem faça uso deles, então essa é uma área que você já avançou. Cada um está num movimento e pode repensar seus hábitos a fim de mudarmos essa data.

1. CHEGA DE COMILANÇA!


Como já foi dito não temos recursos sobrando, pelo contrário. Comida é sinônimos de água, chuva, solo, terra, suor humano, desmatamento. Então vamos comer com mais consciência, evitar o desperdício e pensar coletivamente. Sim, todos os dias pessoas morrem de fome neste mundo... 🙁

2. PRA QUÊ TANTA ROUPA?

A indústria da moda é uma das mais poluentes do planeta? Por que? Bom, porque a gente consome bastante. É hora de consumir menos e melhor. Prefira qualidade e não mais quantidade.

3. LOCOMOVA-SE COM MAIS CONSCIÊNCIA

Como lemos acima, a emissão de CO2 é absurda, então precisamos repensar o uso do carro. Se possível vá de bicicleta, ou vá de transporte coletivo, dê mais caronas... Condense o uso do carro em determinados dias da semana. Planejar suas saídas é uma boa!

4. REPENSE SEU CONCEITO DE “LIMPEZA” E “BELEZA”


Precisa mesmo de tantos produtos de limpeza assim? Leia a composição. Repense seu conceito de limpeza da casa. O mesmo funciona para higiene pessoal. Quais são os ingredientes que você usa no seu corpo para que ele fique mais “limpo” e mais “belo”? Ah! E não esqueça das embalagens? O que você faz com elas?

5. REUTILIZE, CONSERTE, PRECISA MESMO?

Eletrodomésticos, eletroeletrônicos... é uma “parafernália” que tentam nos vender e o pior é que a gente compra! Por que? Você sabe de quantos objetos desses você realmente "precisa" pra viver? Ah! Eles consomem bastante energia e, sim, eles estragam... E agora? Hora de repensar!

Vamos explorar cada um desses pontos ao longo dos próximos meses, então fica ligado aqui e nas outras mídias sociais da Casa Sem Lixo!

Para concluir sugiro que você se pergunte sobre a sua pegada! Qual é o tamanho da minha Pegada Ecológica? Tem um teste superinteressante da WWF que pode ajudar a enxergar sua realidade, clique AQUI e faça já o seu:

#MoveTheDate

Os dados deste texto foram retirados dos sites da Global Footprint Network e da WWF.

Saiba como ADIAR ESSE DIA, neste VÍDEO AQUI!

Plástico: Nossos 5 Maiores Desafios

Em pleno Julho Sem Plástico temos que falar sobre este "bendito vilão"...

Julho está chegando ao fim e por aqui o mês foi incrível. Foram muitas as trocas entre amigos, família e seguidores. Quem se permitiu vivê-lo creio que, como como eu, pode aprender bastante, nas inúmeras buscas por soluções para os desafios cotidianos na cansativa corrida contra o plástico.

Nos tornamos dependentes químicos. Dependentes deste polímero que veio sim para facilitar a vida, para auxiliar em áreas importantíssimas como a da saúde, minimizando riscos de vida. E, a ideia não é citar todos os incríveis avanços trazidos por ele mas,  constatar que infelizmente, neste processo “evolutivo”, não vejo muita responsabilidade da indústria, nem dos consumidores (e aqui me sinto totalmente incluída) quanto ao manejo deste “bendito vilão”... Ah que contradição!

Bom, enquanto prosseguimos nesta jornada que parece sem fim, compartilho aqui o que para nossa casa continua sendo um desafio, neste Julho Sem Plástico de 2019. São 5 itens que ainda não conseguimos superar, resistir ou abolir da nossa rotina.

1. MACARRÃO e OUTROS CEREAIS


Sei que isso é BEM particular, pois em alguns países e outras cidades do Brasil já existem opções à granel. Mas por aqui comprar alguns cereais específicos sem embalagem ainda é impossível! Macarrão seria o principal deles, porque nós amamos, e eu ainda não me animei para fazer do caseiro... Especialmente os Sem Glúten, praticamente impossível encontrar... Alguns tipos de arroz também não são encontrados nas lojas à granel, como o branco, arbóreo, japonês. Os nachos mexicanos também são um desafio. Já tentei comprar direto no restaurante mexicano, mas eles não curtem muito vender...

Sei que são coisas pontuais, e que podemos viver “sem”, mas não queremos viver sem... Apesar de muitas vezes resistirmos, nem sempre isso é possível.

2. RÓTULOS


Ahhhh... esses são terríveis! Não sei por que um produtor de cerveja, por exemplo, precisa usar um rótulo que vai durar 200 anos numa garrafa que vai ficar no máximo 10 minutos nas mãos do consumidor final! Não entendo essa lógica.

Aqui incluo molhos prontos, outras bebidas, leites, produtos em conserva... Aff! Não é fácil!

3. CAFÉ


Não sou muito fã de café, mas o Paulo é, de forma que não pode faltar aqui em casa! Nunca encontrei café à granel, inclusive sei que tem uma questão de oxidação importante no manuseio deste grão... Creio que seja esta uma das barreiras para que seja comercializado em potes maiores que são abertos inúmeros vezes... Ainda não encontramos uma solução para este desafio.

4. FIO DENTAL

Infelizmente ainda não chegou ao Brasil o fio dental compostável. Sei que já existe lá fora, mas por aqui o plástico reina! Desde a embalagem, até o próprio frio dental que é feito de plástico e indispensável. Já tentei usar linha, mas ainda não encontrei uma que não arrebenta... seguimos comprando... ☹

5. PACOTE DO PAPEL HIGIÊNICO

Bom, como já escrevi anteriormente, a gente usa papel higiênico. Ainda não evoluímos ao ponto de recusá-lo e usarmos apenas a ducha e os paninhos... Então o que a gente faz é comprar o maior pacote possível que depois é reutilizado para encaminhar os resíduos recicláveis.

Aí estão! Devo estar esquecendo de algum plastiquinho do mal que acaba entrando uma vez ou outra por aqui, mas estes são sem dúvida os principais. E aí na sua casa? Quais são os maiores desafios quando o tema é o plástico?

Assista o VÍDEO SOBRE ESTE TEMA!