Paradigma da Beleza
Com o passar do tempo avanço da industrialização, consequentemente a nossa relação com a beleza deixou de ser proveniente de fontes naturais...

Diariamente usamos cosméticos, seja para a higiene pessoal e ou finalidades estéticas.     Mas entre sabonetes, shampoos e batons você sabe o que anda passando no seu corpo? Para entender nossa relação com esses produtos precisamos olhar para nossos antepassados.

Apesar de parecer uma prática moderna os primeiros relatos do uso de cosméticos datam 30 mil anos que consistiam em misturas feitas de cascas de árvores, seiva de folhas esmagadas e orvalho. No entanto foi na civilização egípcia, conhecida como berço da cosmética, que o emprego de substâncias da natureza foram amplamente utilizas, presentes nos banhos perfumados a base de cinzas, óleo de castor como protetor solar e delineadores com fuligem e carvão.

legado indígena de cosméticos para os brasileiros foi bastante rico, pois os índios tinham como habito se depilarem, cortar e lavar os cabelos e ainda utilizavam óleos vegetais e extratos naturais de ervas e frutos. Cascas de árvores e sementes produziam pinturas que eram utilizadas em diferentes ocasiões, como comemorações ou rituais sagrados. Podemos concluir então que não é apenas um hábito e cuidado com o corpo, mas também uma forma dos povos se expressarem e transmitir suas identidades.

Tecnologia

Com o passar do tempo avanço da industrialização, consequentemente a nossa relação com a beleza deixou de ser proveniente de fontes naturais. Continuamos a nos expressar e afirmar nossas tradições, mas agora com os materiais que a tecnologia foi nos oferecendo e cada dia mais oferece uma gama de produtos para todos os tipos de cuidados e para cada parte dos nossos corpos. O que por um lado é incrível! Tratamentos de problemas de pele com um produto específico em solução desse problema em um curto período de tempo, variedades infinitas de cores de batons e sombras para os olhos e diversos outros produtos que a primeira vista enche nossos olhos e viram desejos de consumo imediatamente.

Em contrapartida, com milhares de opções disponíveis no mercado, nós acabamos nos perdendo em meio de tanta informação. É muito mais simples ignorar e se abster de algumas informações nada convenientes em relação ao cuidado de deveríamos ter ao colocar um produto cosmético em nossa pele, em nossos corpos.

Alguns componentes são nocivos a nossa saúde e ao meio ambiente, de forma recorrente podemos encontrar nos rótulos derivados de petróleo, óleo mineral, triclosan, fragrâncias sintéticas, formaldeído e liberadores de formol. Todos esses componentes e muitos outros que nem sequer temos conhecimento, a longo prazo pode prejudicar muito a nossa saúde. Existem diversas pesquisas que fazem a ligação do uso de desodorantes convencionais com alumínio ao aparecimento de nódulos malignos nos seios, principalmente nas áreas próximas a axila.

O uso de surfactantes como o Lauril sulfato de sódio, que por sinal está presente na maioria dos shampoos vendidos nos mercados, pode ter relação direta com diversas alergias tanto em seres humanos como animais e pela poluição de rios e mares. Com certeza toda inovação trouxe muito comodismo e rapidez para nossa vida moderna tão atribulada, porém qual é o preço real de todos esses produtos que colocamos em nós e nem ao menos sabemos o que é e como reage com nosso corpo e com o nosso meio ambiente?

*Post escrito por Natasha Londero, 27 anos, manezinha da ilha, Doutorada em química pela Universidade Federal de Santa Catarina e apaixonada por pesquisa e desenvolvimento. Acredita que os ativos naturais associado a tecnologia podem trazer a melhor versão da beleza natural interna. Por esse motivo fundou a Caulí Beleza Natural juntamente com a Renata Marcelino, 28, carioca com coração de manezinha, arquiteta e encantada cada vez mais com o universo da cosmetologia natural. O propósito da Caulí é levar produtos naturais de alta qualidade sem agredir o meio ambiente e nosso corpo, trazendo mais equilíbrio entre nós, o que consumimos e o nosso planeta.