Autor: Nicole Pimont

Mês de Julho tá aí e com ele chegam as nossas férias mais curtas... Pelo menos para nós aqui no Brasil! Ah que delícia! E melhor ainda se vai rolar uma viagem, nem que seja para ir na casa dos primos, da Tia, da avó... Então lá vão 5 dicas para sair de férias com a consciência verde, preparado para muita diversão sem ter que causar dano para o nosso amado planeta Terra que tanto precisa da nossa união de forças neste momento.

Bora?

01. NECESSAIRE

Organize seus produtos de higiene pessoal, de preferência sustentáveis, de acordo com os dias que você passará fora de casa, para não ter que comprar nada no meio do caminho... Itens cheios de embalagens plásticas ou com uma composição nociva à sua saúde e a do planeta! Outra razão é evitar usar os itens oferecidos pelos Hotéis e assim já enviar uma mensagem de que não precisam produzir tanto!

02. KIT LIXO ZERO

É “proibido” sair de casa para as férias sem o seu. Que na verdade nada mais é do que um kit de talheres (garfo, colher e faca) – para quem vai de avião atenção para o tamanho, sugiro levar de bambu ou plástico reutilizável (claro!) + copo + garrafinha pra água + guardanapos de tecido + canudo + hashi! Coloca tudo num saquinho que esses companheiros podem vir a ser muito úteis, prometo!

03. "MARMITA

Dependendo do seu itinerário, sugiro levar alguns snacks de casa... Eu não saio sem potinhos com castanhas, biscoitos, frutas secas para não passar aperto. Se a viagem for internacional, dá uma pesquisada na companhia aérea pra saber o que você pode levar. Sugiro também que você tenha na bolsa/mochila saquinhos de tecido em caso de encontrar alguma comidinha pra comprar no meio do caminho (loja à granel). Eles são ótimos!

04. "CHÁ"

Essa é uma dica bem pessoal! Não gosto de café, então costumo levar uns saquinhos de chá na bolsa, aí é só pedir um pouco de água quente em qualquer cafeteria e problema resolvido! E aqui te desafio a pensar "fora da caixa" em como criar soluções sustentáveis para algo que você gostaria de fazer durante a sua viagem!

05. ECOBAG

Bom, sair de férias não é sinônimo de compras, como muitos imaginam. Inclusive, essa é uma ÓTIMA dica, curta mais as experiências do que as “coisas”. MAS, se surgir uma oportunidade de você investir no comércio local e adquirir algo especial, sustentável e útil no decorrer do passeio, ter uma sacola reutilizável é uma benção! Evita as indesejáveis sacolas plásticas ou aquelas de papelão que na maioria das vezes não vão caber na mala e acabarão sendo descartadas no meio do caminho! Eu costumo levar mais de uma!

E é isso!

Desejo a você férias incríveis SEM LIXO!

Há pouco mais de dois meses chegou por aqui nossa primeira composteira. Eu que nunca tive muito contato com animais, logo de cara dei às boas-vindas às mais de 200 minhocas californianas e, mal podia esperar por isso!

Ainda me lembro da primeira vez que ouvi falar num minhocário e, pensar com meus botões: “Isso é um pouco demais pra mim...”

Pois é, as coisas mudam. Como mudam! Aqui estou eu feliz da vida relatando para você a incrível experiência que é ter uma composteira em casa. Já deixo claro que é apenas um começo de conversa... Um bate-papo que começa pontuando os pontos positivos desta prática. Vamos lá?

PORQUE TER UM MINHOCÁRIO DENTRO DE CASA?

01. PORQUE DIMINUÍMOS EM 50% O ENVIO DE RESÍDIOS PARA O ATERRO

De acordo com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, os resíduos orgânicos correspondem a mais de 50% do total de resíduos sólidos urbanos gerados no Brasil (leia mais AQUI). Ou seja, em geral, metade dos resíduos gerados numa casa são orgânicos e são enviados – misturado com rejeitos (papel higiênico, etc.) e resíduos recicláveis – para os aterros sanitários.

Uma Casa Sem Lixo precisa desviar 90% dos resíduos gerados desse ambiente que existe literalmente para enterrar o lixo, mas que não resolve o problema do planeta – além de ser caríssimo para os cofres públicos, ou seja, para nós (como um TODO)!

Quando deixamos de enviar resíduos orgânicos para os aterros sanitários, na prática estamos aumentando o seu tempo e diretamente diminuindo o impacto ambiental gerado.

02. PORQUE DIMINUÍMOS A EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA  

O processo de decomposição dos orgânicos que é misturado com os rejeitos é terrível! Ele contamina o solo, o lençol freático, com o chorume (saiba mais AQUI) e emite gases do efeito estufa, como o metano, causando grande desequilíbrio na atmosfera. Isso sem falar na possibilidade de atrair insetos e animais que podem transmitir doenças.

Então, um resíduo que é riquíssimo em nutrientes e vida, se for mal destinado pode causar muitas coisas ruins. Não queremos isso, certo? Ter uma composteira em casa é uma forma muito simples de resolver este problemão.

03. PORQUE DIMINUÍMOS O DESPERDÍCIO DE COMIDA

A composteira tem algumas limitações, um limite para frutas cítricas e alimentos cozidos por exemplo. Isso nos ajuda a sermos mais “assertivos” quando o assunto é alimentação. Antes de preparar algo “novo” sempre damos uma checada para saber se não tem nada pronto, pois não teremos onde descartar depois, evitando assim o desperdício de recursos e nutrientes que a terra já nos deu! Além da chuva, do sol, da força de trabalho das pessoas que plantam e fazem com que os alimentos cheguem até nós.

04. PORQUE PRODUZIMOS ADUBO NATURAL PARA AS PLANTAS

Nosso minhocário nos devolve um adubo riquíssimo que é usado na nosso horta vertical. Alem dele, ao contrário do chorume produzido nos aterros, o trabalho das minhocas na composteira produz o biofertilizante que é o excesso de líquido presente nos alimentos (rico em nutrientes e sais minerais) acrescido dos nutrientes presentes no composto. Esse líquido é um excelente adubo natural, de fácil utilização e fácil absorção pelas plantas (saiba mais AQUI).

Desta forma não precisamos comprar adubos industrializados, químicos... Nossa hortinha vive vitaminada!

05. PORQUE TEMOS UMA INTERAÇÃO MAIS HARMÔNICA COM A NATUREZA

Ter um minhocário em casa, principalmente num apartamento, numa área tão urbana como a que vivemos, nos aproxima da natureza, nos relembra diariamente quem somos de verdade, de onde viemos e como o planeta é tão perfeito e funciona de forma tão harmoniosa... A composteira nos incentiva a estabelecermos um relacionamento ainda mais respeitoso com ele e com todos os seus habitantes!

Este é apenas o primeiro post sobre o tema. Me comprometo a escrever mais tirando dúvidas práticas de como funciona este “relacionamento” com nossa composteira no dia-a-dia. Inclusive se você tem dúvidas, deixe aqui! Até breve.

Vivemos num ritmo tão intenso, tentando lidar com tantos papéis, que acabamos tomando várias decisões sem muita consciência dos seus desdobramentos.

Consumimos muito! Porque é tão fácil comprar, não é mesmo? Compramos pela internet, pelas redes sociais, whatsapp. E assim, parece que refletimos cada vez menos sobre a decisão de compra.

Hoje estou aqui para te convidar a parar para pensar nisso e mostrar que é possível sim repensar essa loucura toda e reduzir nosso ritmo de consumo.

Para começar, precisamos entender em que se baseiam nossas decisões, e para isso sugerimos algumas perguntas a serem feitas antes de comprar qualquer coisa:

Por que comprar: qual a minha motivação ao adquirir algo? De onde vem este impulso? Quais os sentimentos e expectativas atrelados a ele?

O que comprar: qual o material usado neste produto? De onde vem esta matéria prima?

Qual o impacto desta produção para o meio ambiente?

Como comprar: Será que a melhor forma é mesmo comprar online ou perto de você tem alguém que faça este produto? Como este tipo de compra virá embalada? Que tal incentivar a produção local?

De quem comprar:  qual indústria estou fomentando? Eu conheço quem vende, conheço sua história?

Como usar: Por quanto tempo este produto será utilizado? Tem algum outro material que possa ser reutilizável, que dure mais?

Como descartar: você conhece como é feito o descarte deste material na sua cidade? Há reciclagem? A embalagem tem logística reversa? Ele vai para o aterro? Qual o impacto?

Dificultou um pouco né? Mas talvez esta seja uma pausa necessária e estratégica para entendermos nossas escolhas, revermos as crenças construídas através dos diversos estímulos que recebemos durante a vida e, a oportunidade de criarmos um relacionamento diferente com as coisas.

Dá trabalho? Talvez, num primeiro momento. Mas você gosta de não saber o que está levando pra casa? De quem é a responsabilidade?

Olá, meu nome é Corina, sou engenheira sanitarista e ambiental e tenho 2 cachorros, o Hari e o George! Em 2018 comecei a produzir tapetes higiênicos laváveis para pets e vou contar um pouco de como começou esse projeto!

Nasci em Blumenau e moro em Florianópolis há 6 anos, onde estudei na Universidade Federal de Santa Catarina. Ao longo da graduação fui ficando mais consciente da geração de resíduos do nosso dia a dia. Em uma visita à um aterro sanitário me assustei com a quantidade enorme de resíduos que chegava todos os dias de caminhão, e percebi que não fazia mais sentido para o planeta e para nossa sociedade continuar com os mesmos hábitos. Os descartáveis são responsáveis por uma parcela muito grande do nosso lixo, e muitas vezes esses produtos podem ser substituídos por uma solução melhor.

No último ano da faculdade, já preocupada com essa questão, me questionei sobre o que eu poderia fazer para melhorar essa situação. Uma sementinha dessa ideia brotou quando comecei a acompanhar uma marca de fraldas de pano para bebê. Eu achei essa ideia maravilhosa, porque ajuda o meio ambiente, faz bem para o bebê e é bem mais econômica. Além disso, comecei a usar absorventes de pano, pois já usava o coletor menstrual e fiquei bem curiosa para ver como os absorventes funcionavam.

COMO COMEÇOU

Nessa época eu comprava tapetes higiênicos descartáveis para o Hari e o George. E foi assim que começaram meus questionamentos... Eu estou sendo mais sustentável e econômica utilizando o absorvente de pano, quando eu tiver filhos eles usarão fraldas de pano, então porque os meus cachorros não têm um tapetinho de pano?

Assim iniciei a jornada para desenvolver um tapete higiênico sustentável. Costurei a primeira versão à mão e o Hari e o George logo entenderam que tinham um banheirinho novo. Usaram por algumas semanas, mas percebi que poderia fazer melhor, com tecidos mais absorventes, impermeáveis e com acabamento melhor. Criamos diferentes modelos e tecidos, com ajuda da nossa costureira Selma e testamos a absorção do xixi e a lavagem na máquina. Por fim aprovamos um tapete para ser usado pelos AUmiguinhos do Hari e do George. Após algumas semanas de testes, feedbacks e au-aus, lançamos nosso produto feito com muito carinho.

A produção acontece há 6 meses e sinto que estamos no caminho certo! Fico muito realizada de poder levar um produto sustentável, prático e durável para todo o Brasil. Estimamos que cada tapete higiênico lavável da Hari & George substitui pelo menos 60 tapetes descartáveis, o que pode trazer grande impacto para as famílias com pets assim como para o meio ambiente.

O nosso Tapete Higiênico Lavável foi desenvolvido pensando nos benefícios para o seu pet, para o seu bolso e para o meio ambiente!

 Como ele é feito?

O tapete possui 3 camadas, sendo duas absorventes e uma impermeável.

 Como usar?

Ele pode ser colocado no local em que o pet está acostumado a fazer xixi, substituindo a utilização de tapetes descartáveis ou jornais, podendo ser utilizado na educação de filhotes.

 Como lavar?

Ele pode ser lavado diariamente ou na frequência desejada. Por questões ecológicas, sugerimos lavar o tapete no balde, mas ele pode ser lavado na máquina também. Para secar basta estender no varal.

 Quantos eu devo ter?

Sugerimos 3 tapetes por cachorro, pois nem sempre conseguimos lavar e secar no mesmo dia. Assim sempre temos um tapetinho limpo para usar.

Toda a mãe quer o melhor para os seus filhos. Sim, eu gosto de pensar assim, por que mesmo que este “melhor” (carregado do meu julgamento) não “aconteça”, ainda acredito que a intenção seja sempre essa... Mas, como mãe que sou, identifico claramente as influências da cultura, dos costumes, da mídia, da bagagem que trazemos dos nossos antepassados agindo no nosso dia-a-dia e “poluindo” essa intenção tão pura.

Para ajudar sua jornada materna, de amor verdadeiro, te convido a avaliar 5 pontos importantes que poderão fazer com que os seus filhos (especialmente os pequenos) tenham um futuro saudável, que sem dúvida é um direito deles.

Inicio citando uma “mamãe” que influenciou muito minha jornada, e pode trazer ainda mais sentido para nossa reflexão:

“A casa deveria ser um santuário. Nós – mães, pais, e cidadãos – temos o direito, se não o dever, e certamente o poder, de trazer mudança positiva para o mundo através das nossas decisões e ações diárias.” Bea Johnson, escritora do livro Desperdício Zero (Zero Waste Home)

01. REVISÃO DE VALORES

Quais são os nossos valores? Como eles impactam o futuro dos nossos filhos? Queremos que eles comam bem, se vistam bem, estudem numa boa escola, para terem um bom futuro. Mas não sabemos mais quais as condições do planeta daqui há 20 anos! O que é mais importante: O enxoval dos sonhos, as dezenas de roupinhas e sapatinhos, ou ar puro para respirar? A festa de aniversário cheia de pompa, ou água potável? Eles precisam mais de coisas ou de você mãe?

02. COMPARTILHE COM ELES A REALIDADE

Cresci com um pai viajando a semana inteira... Aguardava ansiosamente seu retorno na sexta-feira à noite com aquele “presentinho” pra mim. Foi assim durante toda a infância! Infelizmente nos último 40 anos extinguimos mais da metade dos recursos naturais do planeta (Relatório Planeta Vivo de 2014 do Fundo Mundial para a Natureza – WWF), com esses “presentinhos”, pequenos luxos, assim como a troca de carro a cada 3 anos. Nossos filhos precisam conhecer a realidade.

Quando dizemos NÃO para aquele brinquedo, NÃO para determinado tipo de comida, NÃO para alguns passeios, etc. Eles merecem toda explicação necessária, até que entendam (talvez os menores não precisam de tantos detalhes), e isso pode demorar... e, se adaptem à nova realidade que construímos como humanidade.

03. ENSINE-OS A VIVER DE ACORDO COM AS LIMITAÇÕES DO PLANETA

Não estamos falando de dinheiro, do tamanho da sua conta bancária. Aqui o tema é a “conta bancária” do planeta e o tanto que ele tem de fato para oferecer para os nossos filhos daqui há 30 anos! É possível que hoje você tenha condições encher o quarto deles de brinquedos, e fazer dezenas de viagens por ano...

Não se trata disso. Estou falando de algo maior, que a maioria das pessoas tem dificuldade de ouvir, mas escrevo agora pra você mãe, pois conheço esse amor, sua missão é a mesma que a minha. A vida que temos hoje não será a mesma daqui há 20 anos, especialmente se as coisas não mudarem significativamente. Temos o hoje em nossas mãos como um presente. Não o desperdice... literalmente! Porque não temos recursos sobrando... Não temos mais muito petróleo para embalar as comidinhas industrializadas que comemos em minutos, as garrafinhas de água, os carrinhos e as bonecas que passam a maior parte do tempo na prateleira.

04. CONSTRUA ESTE FUTURO JUNTO COM ELES

Aproxime-se dos seus filhos com todo o seu amor e juntos comecem a fazer escolhas sustentáveis, ou seja, escolhas que se sustentam... Para que daqui há 15 anos eles não tenham que abrir mão, por exemplo de tomar banho na praia que frequentavam na infância. Promova diálogos nesta direção. Como um que tive com a Nina, nossa filha, na fila do restaurante: Já tínhamos almoçado e estávamos na fila do caixa. Nina pediu água. Naquele local só tinha a opção embalada. Eu não queria ser responsável por enviar mais uma garrafinha de água para a tão comprometida reciclagem. Então disse a ela: “Nina, daqui há 20 minutos estaremos em casa, você consegue suportar sua sede até lá?” Ela respondeu: “Sim mamãe” e foi brincar.

05. SEJA A MUDANÇA QUE VOCÊ QUER VER NO MUNDO

Vivemos uma escassez de “referenciais”. Nossos filhos sofrerão ainda mais com isso. Como diz a música do Planeta Oca, “... o mundo ficou louco e bagunçado, parece que virou pro lado errado.” Seus filhos precisam de você e, eles estão aprendendo através de TUDO o que você faz! Precisamos ser a mudança, nossa autoridade vem do exemplo que damos. Pode parecer bobo, mas eu amava pintar minhas unhas de vermelho, de verdade. Mas deixou de fazer sentido, falei sobre isso AQUI. Parei de fazer. Meus filhos estão vendo isso e aprendendo... Assim como me veem fazendo coisas das quais não me orgulho e pretendo não repetir mais! Como disse Mahatma Gandhi, precisamos SER.

Concluo esta reflexão desejando a todas as mamães um dia incrível bem pertinho dos seus queridos filhos, e com mais uma frase, agora de uma menina que chora por não ver um futuro possível para ela e seus amigos:

“Vocês dizem que amam seus filhos mais que qualquer coisa, no entanto estão roubando o futuro deles.” Greta Thunberg

Precisamos falar sobre a indústria da moda.

Você já parou para pensar na forma como você consome roupas? Estamos sempre achando que não temos peças suficientes, que precisamos comprar uma blusinha preta, uma saia, mais uma calça jeans. E eu te pergunto: Pra quê?

Essa realmente é uma necessidade sua, ou uma ideia plantada pela indústria da moda, que dita a forma como devemos nos vestir e faz você sair por aí se comparando aos outros, achando que nunca tem a peça certa?

Pra te ajudar a entrar de vez nessa vibe de repensar seu consumo, assim como o material das roupas que escolhe, vou te contar uma coisa sobre aquela blusinha básica de algodão, super confortável, versátil, que combina com praticamente qualquer ocasião.

Para ser produzida, ela consome muita água e, pela utilização de uma grande quantidade de agrotóxico, ainda polui o que sobra. A transformação do bulbo de algodão em tecido ainda inclui um grande consumo de energia pelas diversas máquinas empregadas no processo e a utilização de químicos para o acabamento, que deixam o tecido macio e o preparam para receber a cor. Falando em cor, por ser resistente à tintas, um terço desses produtos utilizados ainda acaba no esgoto (porque não dizer logo nos rios...)

Mas não para por aí. Depois de tudo isso, o tecido vai para as fábricas, onde são produzidas as roupas… e sempre fica aquela pergunta: Em quais condições?

Seu impacto final é a geração de gases do efeito estufa pela produção dos pesticidas e fertilizantes, e pelos processos realizados, gerando aproximadamente 2 kg e meio de CO2 na produção de uma simples blusinha.

Uma opção, é a substituição por algodão orgânico, que não causa impacto pelo uso dos pesticidas e fertilizantes, e assim conserva lençóis freáticos e solo mais limpos. Existem várias empresas que estão priorizando tecidos mais sustentáveis, que não possuem plástico em sua composição (poliéster), investindo no reuso de materiais da indústria têxtil, e buscando formas mais naturais para colorir as roupas.

Você também pode buscar empresas que praticam o comércio justo, principalmente aquelas próximas de você, onde se torna possível conhecer quem fez suas roupas assim como o processo de produção, fomentando também o comércio local. Sem contar que quanto mais próximo da fonte, menor a geração de gases do efeito estufa, certo?

Mas não esqueça: Quando o assunto é moda, a melhor forma de ser sustentável é sempre tratar bem as roupas que você já tem!

Saiba mais AQUI.

Há um mês acontecia o Prêmio ACIF Mulher, um verdadeiro encontro de histórias onde a diversidade só enriquece e o reconhecimento de uma é igual ao sucesso de todas.

PRÊMIOS

Confesso que nunca me imaginei participando de eventos assim e, em menos de dois anos já estive em dois, ficando entre as finalistas! Não escrevo isso pra me gabar, mas pra reforçar a principal razão de ter iniciado este texto: a vontade de compartilhar com todo mundo como é bom saber que estou cumprindo meu propósito. Desta forma encaro eventos como estes (prêmios, cerimônias de reconhecimento) apenas como um sim para isso tudo que estou vivendo de forma particular e, junto com a minha família.

COMO OS NOSSOS PAIS

Tem um significado especial escrever isso agora, dias antes de completar 40 anos! Certa vez uma amiga querida disse que esta é uma fase especial da vida, de estabelecermos um “distanciamento” ou uma “diferenciação” entre nós (os de 40) e os nossos pais. É quase como se até aqui minha jornada fosse muito parecida com a deles, porém, o autoconhecimento e o amadurecimento conquistados até este momento formaram uma “base” segura onde eu posso escrever outra história, a minha história.

40 ANOS

É óbvio que eles sempre farão parte dela, afinal eu sou os meus pais. Mas hoje, minha experiência comprova que desde meados dos 37 anos, algo “estranho” acontece comigo. Doído e libertador, incômodo e de extremo prazer: a alegria de encontrar o meu lugar. Não tem nada a ver com “rebeldia”, essa fase confusa eu vivi, bem vivida, lá na adolescência – ela está mais conectada com um grupo, ou a turma que eu me identifiquei lá trás.

Aos 40 a jornada é mais solitária, com menos ruídos de fora... O barulho, as dúvidas surgem e se resolvem aqui dentro. Agora a palavra que me vem é “autonomia”, como se eu mesma estivesse me entregando uma carta branca para enfim ser quem eu sou e, se eu tiver coragem, compartilhar com as pessoas a minha volta, ou ir além delas... construir pontes, muitas pontes, para que a Nicole seja.

Sabe aquela máxima "desembalar menos e descascar mais"? Quando começamos nossa Casa Sem Lixo, para evitar o uso das embalagens, passamos a consumir mais frutas, verduras, produtos a granel e menos industrializados. Com isso, nosso “lixo” orgânico aumentou e levávamos os resíduos para um Projeto compostagem comunitária.

Há poucos dias chegou a nossa Casa a composteira Humi (logo teremos um post sobre esta experiência), e isso gerou uma nova mudança de hábitos: o desejo de não desperdiçar nada. E é para ser assim mesmo, porque o resíduo orgânico faz parte do ciclo dos alimentos, e não ser misturado com os rejeitos no aterro sanitário!

O mais legal é ver que este movimento também vem ganhando força na cidade onde moramos! Nesse mês de Abril, a Prefeitura de Florianópolis, comprometida com o compromisso de ser cidade Lixo Zero até 2030, sancionou uma Lei inédita no Brasil que dispõe sobre a Obrigatoriedade da Reciclagem de Resíduos Sólidos Orgânicos (Lei nº 10.501).

A Lei veda o direcionamento destes resíduos para aterros e incineração e se aplica às pessoas jurídicas de direito público e privado e condomínios residenciais ou comerciais.

Muita coisa ainda deve mudar! De acordo com a Lei, o Município poderá destinar áreas de sua propriedade para realização de compostagem, priorizando as iniciativas comunitárias, coletivas ou de cooperativas de catadores.

Aqui em Florianópolis, temos algumas empresas que já trabalham com a coleta de resíduos orgânicos para compostagem, como a Angatu, por exemplo.

Além disso, algumas das ações que devem ser adotadas para regulamentação é a implementação gradativa e adequada dos resíduos sólidos orgânicos, adoção de estratégias para descentralização da gestão de resíduos, incentivo à compostagem doméstica, bem como a viabilização dos sistemas de coleta domiciliar dos resíduos sólidos orgânicos.

Só para você saber um pouco mais, quando enviamos o orgânico para o aterro há um aumento de emissão dos gases do efeito estufa (GEE), além de gerar um gasto pelo Município com o custo de aterramento. Segundo o vereador Marquito, autor da lei, em Florianópolis, o custo anual com aterramento é de R$ 30 milhões, cerca de R$ 158 por tonelada.

Confira também o vídeo sobre este tema AQUI!

Já falamos sobre tantos assuntos por aqui, mas creio que nunca descrevi minha rotina de limpeza da pele do rosto. Chegou a hora!

USE O QUE VOCÊ TEM

Começo relembrando da importância de sempre usarmos tudo o que temos, a não ser que algum produto esteja causando algum dano à sua saúde. Foi assim por aqui, a medida que as coisas terminavam por aqui eu procurava versões mais naturais, o que envolve a composição, a embalagens e, quando possível o local onde o produto é feito. Afinal, privilegiar o comércio local é MUITO sustentável, né?!

PELA MANHÃ

Em geral, lavo o rosto apenas com água. Considerando que fui pra cama com ele limpinho, evito usar sabonetes ou qualquer produto. Se tenho tempo, deixo a pele respirar antes de hidratar, passar protetor solar ou colocar a maquiagem. Vou tomar café, fazer o que precisa ser feito e, só então passo algo no rosto.

TIRANDO A MAQUIAGEM: NO BANHO

Gosto de limpar bem o rosto antes de dormir e, se for o caso, aproveito para fazer isso no banho, usando uma toalhinha demaquilante. Se achar necessário, uso um pouco de sabonete (usamos apenas sabonetes naturais por aqui que servem pra lavar corpo e rosto!). A pele fica limpíssima!

TIRANDO A MAQUIAGEM: FORA DO BANHO

Fora do banho gosto de usar óleos vegetais com disquinhos de crochet. Às vezes eu mesma faço o óleo (gosto, por exemplo, dos óleos de semente de uva, de amêndoas) ou, uso um pronto, de fornecedores legais. No momento estou usando o ORVALHO, da Caulí Beleza Natural que você pode conferir aqui.

ESFOLIANDO A PELE

Amo fazer pelo menos uma esfoliação por semana na pele do rosto. Sinto que mantenho os cravos “sob controle” e a pele mais macia. Uso um sabonete de argila amarela + cristais de quartzo (que já estão comigo há quase um ano – infelizmente embalados). Em seguida, para fechar com chave de ouro, faço uma máscara de argila por 10 minutos e pronto! Sinto que faz toda a diferença. Quando possível, faço isso duas vezes por semana...

Sobre hidratação e como faço uso das próprias argilas, vou deixar para um outro post. O tema merece mais espaço e atenção!

E você qual tem sido sua rotina de beleza natural e auto-cuidado?

Não deixe de conferir o vídeo do nosso Canal do Youtube sobre este tema!